Ocupação dos leitos para Covid-19 passam dos 90% em Caxias
Fonte: G1 MA
Data: 11/12/2020 00:00
Atualizado em 25/11/2024 12:54
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Fonte: G1 MA
Data: 11/12/2020 00:00
- Atualizado em 25/11/2024 12:54
Mais de 90% dos leitos hospitalares exclusivos para pacientes com Covid-19 estão ocupados em Caxias, cidade localizada a 360 km de São Luís. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o número de contaminados com a doença disparou nos últimos dias, com uma média diária de 11 novos casos.
A média é a mesma registrada no início da pandemia, em março deste ano. Até o momento, a cidade já registrou 5.599 casos e 121 mortos do novo coronavírus.
Ao todo, 56 pacientes estão internados nas três unidades de saúde do município, que ainda atendem pessoas com outras doenças. Por conta da situação alarmante, a cidade já planeja suspender as cirurgias eletivas, já que o sistema de saúde pode entrar em colapso.
Camila Lopes, coordenadora da Atenção Básica de Caxias, explica que mesmo com a situação, as unidades básicas de saúde estão preparadas para realizar orientações aos pacientes. Os pacientes com sintomas leves devem ser acompanhados em casa e fiquem em isolamento social para evitar novas transmissões.
"As unidades básicas estão preparadas para fazer essas orientações mais próximas do paciente. Então você chega em uma unidade básica você observa que há um distanciamento das cadeiras, que há uso de máscara por todos os profissionais, álcool em gel a disposição, para aquele paciente que precisa utilizar o serviço de saúde, nós não podemos mais interromper os outros serviços, mas que eles usem com segurança. A nossa intenção é que o paciente sintomático ele seja acompanhado em casa e fique em isolamento para evitar essa transmissão", disse Camila Lopes.
Aumento da testagem
A procura pela testagem para a Covid-19 também aumentou nos últimos dias em Caxias. Um relatório aponta que a faixa etária de novos infectados está entre 20 e 40 anos. Entretanto, o alerta deve ser estendido para todas as idades, já que o município chegou a registrar a morte de uma criança pelo novo coronavírus.
"A gente percebe que as pessoas parecem que se acostumaram com a doença, que o medo diminuiu e que não está tendo alguns cuidados como deveria ter. Um vizinho pegou, respondeu bem, e ai acha que realmente é uma gripe, mas não dá para a gente saber, isso varia muito. Depende de cada paciente, a gente não sabe como as pessoas vão responder, mesmo eles sendo jovens ou idosos com comorbidades", explicou o médico Marcos Teixeira.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica da cidade, o aumento pode ser explicado pelo relaxamento das medidas sanitárias contra a Covid na cidade, como o uso de máscaras e o distanciamento social. A preocupação é que com as festas de fim de ano, possam aumentar o número de pessoas contaminadas, já que os eventos provocam aglomerações.
"Os membros familiares não são só a família do ciclo imediato, não é só a pessoa que mora na mesma casa. E aí, as pessoas dizem 'não, mas é só a família que vai, só são os amigos próximos', só que lá tem pessoas que tem outros tipos de contato. Eu por exemplo tenho os meus contatos pessoais no trabalho, a minha mãe já tem outros contatos, meu irmão também tem outros contatos. E aí quando se reúne todo mundo, então é possível que alguém tenha sido contaminado e transmita. A gente tem visto isso muito acontecer, um caso só passa para várias pessoas próximas, principalmente familiares. Por isso, a gente alerta que tenham cuidado, nós estamos em um ano de pandemia, é um ano diferente, não é normal, tem sido difícil para todo mundo, mas a gente precisa se cuidar para o bem de todos", explicou Verônica Aragão, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Caxias.
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