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Quatro pessoas são indiciadas por morte de maranhense em luta de boxe

Fonte: Central de Notícias
Data: 05/05/2021 09:37
Atualizado em 22/10/2024 07:07

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A Polícia Civil do Piauí ouviu até o momento mais de 20 pessoas no inquérito policial que investiga a morte do lutador de boxe, o maranhense Jonas de Andrade Carvalho Filho, de 34 anos.

Durante um evento, dentro de uma academia em Teresina, Jonas, o “Guerreiro da Luz”, passou mal após sofrer um nocaute, com vários golpes na cabeça, e morreu no hospital.

O delegado Menandro Pedro afirmou não ter dúvida que o evento era ilegal, sem nenhum equipamento de atendimento emergencial e espera o laudo cadavérico – que aponta a causa da morte do lutador – para responsabilizar os envolvidos. Quatro pessoas, porém, foram indiciadas.

No local do combate, havia apenas um oxímetro (aparelho que mede a saturação de oxigênio no sangue), que estava na bolsa de uma pessoa que assistia à luta de boxe.

Quando Jonas saiu desmaiado do evento, carregado nos braços, as pessoas do evento que o socorreram, segundo o delegado, informaram a policiais militares de plantão no Hospital do Buenos Aires, onde Jonas recebeu o atendimento de urgência, que ele havia caído de moto.

Antes de morrer, Jonas passou 40 minutos sendo reanimado no hospital, em estado grave. Preliminarmente, a causa da morte é traumatismo craniano.

 

– O evento tinha 300 pessoas, 10% usavam máscaras, não tinha álcool em gel, não tinha medidor de temperatura. O único equipamento que tinha era um oxímetro, que uma enfermeira que mora no interior do Piauí (estava no local), estava na bolsa dela. Ela utilizou para aferir a saturação de Jonas, e estava com 61%, 62% (o normal seria uma taxa de 98%) – explicou o delegado.

 

– O organizador e outro auxiliar vamos indiciar também. Temos depoimentos que na hora que chegaram correndo no hospital, eles deram a primeira versão aos policiais militares que tinha caído de moto e bateu a cabeça no chão. Ou seja, já mostra que eles sabiam que Jonas estava com traumatismo. A médica de plantão passou 40 minutos tentando reanimá-lo, mas ele foi a óbito – completou.

Quatro profissionais de saúde que estavam no momento da luta, assistindo ao evento, foram indiciados por crime contra a saúde pública. O campeonato não poderia acontecer por causa do decreto do governo do estado que proíbe eventos com aglomerações, em locais públicos e fechados.

 

– Mais de 20 pessoas foram ouvidas. Tinha vários profissionais de saúde (no evento). Enfermeiros, radiologista, fisioterapeuta. Esses, de imediato, foram indiciados por estarem em um local que não poderia acontecer, estavam presenciando um evento que não tinha distanciamento, nenhum equipamento de segurança e primeiros-socorros – detalhou o delegado.

 

A Polícia Civil espera concluir o inquérito até o dia 26 de maio. Um lutador, envolvido no evento, e o organizador serão ouvidos.

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