A máscara caiu: Daniel Barros é declarado revel em processo por ofensa à Mulher

O que era apenas mais um episódio de arrogância e discurso de ódio por parte do vereador Daniel Barros (PRD), agora virou caso de Justiça — com consequências reais. O parlamentar de Caxias foi declarado revel pela Justiça por não apresentar contestação no prazo legal em um processo movido pela deputada estadual Daniella (PSB). A decisão é do juiz Júlio Praseres, da 15ª Vara Cível do Termo Judiciário de São Luís, e foi publicada no dia 1º de abril deste ano.

A ação foi ajuizada após declarações consideradas ofensivas feitas por Daniel Barros em novembro de 2023, quando, durante um discurso na Câmara Municipal, se referiu à deputada como a "viúva das prefeituras" — em tom debochado e claramente com intuito de desqualificá-la.

Ofensa que virou caso judicial

Daniella, que é defensora ativa dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero, afirmou no processo que tem sido alvo constante de perseguição política, especialmente por parte do vereador, que faz uso da tribuna e das redes sociais para atacar de forma pessoal, indo além do embate político.

Segundo a deputada, o vereador ultrapassou todos os limites ao misturar questões pessoais com insinuações públicas ofensivas, tentando minar sua imagem e sua relação com o ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil, com quem ela mantém um relacionamento há mais de um ano.

A Justiça já havia concedido uma tutela de urgência parcial em 2024, reconhecendo o teor ofensivo do discurso, mas alegou que a retirada do vídeo do canal da Câmara no YouTube deveria ser feita pela própria Casa Legislativa — e não imposta ao vereador diretamente.

Revelia: quando o silêncio fala mais alto

Apesar da abertura de prazo para contestação e da tentativa de conciliação feita em julho de 2024, Daniel Barros não apresentou nenhuma defesa no processo. Por isso, o juiz decretou a revelia do vereador, ou seja, reconheceu os efeitos legais do não comparecimento e da ausência de contestação — o que implica presunção de veracidade das alegações da autora, conforme o artigo 344 do Código de Processo Civil.

Com isso, a Justiça agora aguarda manifestação da deputada quanto ao interesse em apresentar novas provas ou prosseguir com julgamento antecipado, com base nos documentos já constantes no processo.

Da tribuna à decadência política

A atitude de Daniel Barros já vinha sendo duramente criticada pela população de Caxias, que mostrou nas urnas que não aceita mais ser representada por um político que prefere o ataque gratuito ao diálogo e à responsabilidade. O resultado das últimas eleições foi um claro indicativo de que o desgaste político é real — e crescente.

O caso com Daniella é só mais um exemplo do comportamento de um vereador que se esconde por trás da polêmica, mas que agora começa a ser desmascarado, inclusive pela Justiça.