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Polícia confirma que indígena Guajajara morto a tiros foi vítima de emboscada em Arame

Fonte: G1 MA
Data: 15/09/2022 11:05
Atualizado em 21/10/2024 11:05

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A Polícia Civil confirmou que o indígena Antônio Cafeteiro Silva Guajajara, morto com seis tiros no domingo (11), foi vítima de uma emboscada. O crime aconteceu na estrada do Povoado Jiboia, no município de Arame. Esse é o terceiro assassinato de indígenas da etnia Guajajara em menos de duas semanas no Maranhão.

No dia 3 de setembro, Janildo Oliveira Guajajara, que já foi Guardião da Floresta, foi assassinado com tiros nas costas, em Amarante do Maranhão. Já no município de Arame, Israel Carlos Miranda Guajajara morreu após ser atropelado e a polícia confirmou que se trata de um caso de homicídio.

O delegado da Polícia Civil de Arame, Tiago Castro, informou que Antônio Cafeteiro estava saindo de uma festa quando foi atingido pelos disparos, indo a óbito ainda no local do crime. O suspeito de executar o indígena, que ainda não foi identificado, estava em um veículo de cor branca.

“Ao que indica foi uma emboscada para sair da festa e o indivíduo passou em um carro, com os faróis apagados, desceu do carro e efetuou os disparos. Possivelmente foi só um indivíduo que tenha realizado a execução. A gente está diligenciando para identificar esse carro, ao que tudo indica é uma caminhonete branca”, disse.

A polícia também confirmou que a vítima estava com uma arma de fogo municiada quando foi assassinada. A companheira de Antônio Cafeteiro, que é testemunha ocular do crime, já prestou depoimento e deve ajudar a identificar o carro em que o atirador estava.

A vítima morava na aldeia Lagoa Vermelho, na Terra Indígena (TI) Arariboia. A polícia ainda trabalha na construção de uma linha investigativa sobre o que teria motivado o crime.

Segundo o Instituto Socioambiental, os Guajajara são um dos maiores grupos indígenas do país e vivem em diferentes regiões do estado do Maranhão. Na TI Arariboia, indígenas da etnia participam do grupo conhecido como Guardiões da Floresta, criado pelos próprios indígenas para proteger seu território. Os guardiões atuam para identificar e vigiar as trilhas abertas por madeireiros ilegais e flagrar a ação dos criminosos.

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